tag:blogger.com,1999:blog-49181243410729462492024-03-14T04:17:49.332-07:00Voando com palavrasAdosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.comBlogger18125tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-55492393150363406612010-02-10T06:38:00.000-08:002010-02-10T06:51:27.377-08:00Briga Irracional<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCjMF9m4TZQIQX4KRxZtU4AMBwIrezX-xpR9vJajJYtWstYwOAX6_xhF4EsvITxWTjpNPjxNy1Wgs3yhQj743hdBUut9aNzsXk0jOq4_UsWEPlTV3LJYwRQtun4-TkoDAfL0MRh7WWhvw/s1600-h/briga-desleal.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 239px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCjMF9m4TZQIQX4KRxZtU4AMBwIrezX-xpR9vJajJYtWstYwOAX6_xhF4EsvITxWTjpNPjxNy1Wgs3yhQj743hdBUut9aNzsXk0jOq4_UsWEPlTV3LJYwRQtun4-TkoDAfL0MRh7WWhvw/s320/briga-desleal.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5436625736841468130" border="0" /></a><span style="font-family:georgia;">Você já leu um texto e se perguntou se o autor estava drogado quando o escreveu? Não?! Fala a verdade, não precisa esconder, hehe... Eu já, muitas vezes. Às vezes, o texto é tão viajante e alucinado que você não consegue entender como aquilo pode ter vindo de uma mente no lugar. E por que eu tô falando isso? Porque o texto a seguir é bem louco e sem noção. Você pode pensar que eu o escrevi depois de uma noite de farra, com a cabeça girando mais que um pião. Mas não houve nada disso, não. Juro de pé junto!!</span>
<br /></div>....................
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<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CBruno%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p style="text-align: justify; font-family: georgia;" class="MsoNormal">Um cavalo entediado com o que estava assistindo na televisão, resolveu trocar de canal. Epa, tem algo aí difícil de imaginar. E tá bem na cara, não é? Como é que um cavalo consegue trocar de canal? Simples, amigos de mentes limitadas, é só ele pisar de levinho no botão CANAL do controle remoto, com a suavidade de um bebê.</p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;" class="MsoNormal">Ele gostou do que viu no outro canal, uma competição de hipismo com alguns semelhantes bem habilidosos. Acabou se divertindo à beça quando um ou outro encostou nos obstáculos por descuido. Quando a coisa toda estava no auge da competitividade, a imagem na tela mudou subitamente para um desfile de moda. Confuso, o cavalo ouviu um ronronar animado por perto e, baixando a cabeça, descobriu um gato ao lado do controle remoto. Perguntou a ele que direito ele tinha de interromper sua diversão. O gato respondeu que era melhor ver um bando de gatas desfilando do que vários cavalos pulando. Tomado de indignação, o cavalo disse que não ligava para a opinião dele e ordenou que colocasse de volta na competição, que estava animal. O gato, porém, nem prestou atenção; estava babando pelas gatas.</p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;" class="MsoNormal">Pior para ele. De pirraça, o cavalo pisou em seu rabo. O gato ficou com raiva e partiu para as ofensas verbais, chamando o cavalo de filho da égua, o que, pra falar a verdade, não ofendeu tanto assim. O cavalo decidiu entrar no jogo, tratando de relinchar os xingamentos mais cavalares que conhecia. No meio da discussão que se seguiu, os dois perceberam que a televisão já não estava nem no desfile de moda, nem na competição de hipismo, mas num programa de fofocas. Será que haviam trocado de canal sem querer? Não. A responsável pela troca fora uma águia que havia acabado de meter o bico onde não fora chamada. Ela olhou feio para os briguentos e, em vez de dizer que pareciam dois irracionais, como estava querendo, pediu para ficarem quietos, pois queria saber de qual artista famoso a apresentadora estava falando. Cavalo e gato trocaram um olhar rápido, depois começaram a discutir com a águia falando ao mesmo tempo.</p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;" class="MsoNormal">O lugar virou uma confusão de relinchos, miados e grasnidos, onde cada animal defendia o que achava que era a melhor atração da tevê. Depois de algum tempo, quando perceberam que não iam chegar a uma decisão unânime, decidiram considerar uma quarta opinião. Acordaram então um homem que dormia profundamente numa cama ali perto e lhe perguntaram qual canal exibia o melhor programa. Mas o homem não ajudou em nada; disse-lhes grosseiramente para irem pastar, porque queria voltar a dormir em paz sem ser atrapalhado por um bando de antas com perguntas estúpidas. Os animais não gostaram daquilo, se sentiram enxotados – o cavalo pensou que nem um coice seu seria tão indelicado -, e saíram imediatamente, a águia voando janela afora. O homem, bufando feito touro, desligou a televisão e tentou voltar a dormir. Não conseguiu. Remexeu-se na cama várias vezes até se dar conta de que havia perdido o sono.</p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;" class="MsoNormal">Não conseguindo pensar em outra opção, ligou a televisão e vasculhou os canais rapidamente, só parando ao encontrar algo que lhe pareceu interessante, um programa desses tido como popular onde as pessoas iam para discutir seus problemas e acabam se atracando umas com as outras, criando as cenas mais bizarras possíveis. Uma voz anunciou quatro horas daquele espetáculo televisivo.</p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;" class="MsoNormal">O homem, empolgado, ajeitou-se na cama, preparando-se para quatro horas de barraco e baixaria. Enquanto aumentava o volume, resmungou o seguinte para as paredes:</p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;" class="MsoNormal">- Animais...sempre com um péssimo gosto.</p>
<br />Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-33863660420928305772010-02-06T07:33:00.000-08:002010-02-06T07:40:21.409-08:00O amigo virtual<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6GbsJhe9g4xCRIfr97M090N57EEnp96hhTiBEfxfiTzCXRj0StyyhD8P9FbekHEAsMA-7knMwUOlpApCY864OokqKTx0WWP-rZIEoTnlebchOQXRKXxc4a87NoFpHRQrIm4Y1HBUaYe4/s1600-h/virtual.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6GbsJhe9g4xCRIfr97M090N57EEnp96hhTiBEfxfiTzCXRj0StyyhD8P9FbekHEAsMA-7knMwUOlpApCY864OokqKTx0WWP-rZIEoTnlebchOQXRKXxc4a87NoFpHRQrIm4Y1HBUaYe4/s320/virtual.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5435154703001281410" border="0" /></a><br /><br /><br /><div style="text-align: justify;">Eu sei que ninguém gosta de ler textos longos no computador. Eu, particularmente, só leio se tiver a esperança de que o texto tem um conteúdo interessante. Então, eu peço que você, Leitor Fiel (como diria Stephen King), se apegue à esperança de que o que vem por aí é um texto divertido e gostoso de ler, apesar de longo. Boa leitura, e se não aguentar ler de uma vez só pare e continue depois, hehe. Até a vista.<br /></div><br />....<br /><br /><br /><div style="text-align: justify;">Ele havia dito que estaria do lado de fora da igreja quando a missa terminasse. Havia dito isso para ela através do computador, pelo bate-papo.<br />Seria o primeiro encontro deles. Ela nunca o havia visto antes, mas ele já a vira pelas fotos da Internet. Engraçado como ela não pedira para ver fotos dele nessas três semanas em que se conheciam pelo bate-papo. A conversa entre eles era tão agradável que esse detalhe acabava lhe escapando. Na verdade, ela até chegava a lembrar, mas à medida que o papo se desenrolava a coisa saía da sua cabeça. Uma coisa tinha que admitir: a conversa dele era bem charmosa.<br />Ela nunca ficava entediada ao teclar com ele; ria muito – às vezes quase ao ponto de gargalhar – e fazia muitas brincadeiras. Ele parecia uma pessoa engraçada e divertida, com muitas tiradas irônicas. Isso era bom, aumentava o interesse e deixava as coisas mais descontraídas. Parecia ser inteligente e perspicaz. Conseguia ler nas entrelinhas do que se escrevia, obtendo conclusões muito acertadas. Além disso, em muitas ocasiões lhe dera explicações coerentes sobre determinados assuntos.<br />Há coisa de uma semana, eles vinham combinando de se encontrar para o “cara a cara”. Como ela de vez em quando ia à missa numa igreja perto da casa dele, parecia ideal se conhecerem em tal ocasião. Ela não estaria sozinha, então não havia o risco de acontecer alguma coisa desagradável caso ele não fosse quem dizia que fosse. Ela sinceramente não acreditava que ele fosse algum bandido mentindo e se disfarçando de rapaz gentil e bacana. Ele lhe fornecera dados e detalhes muito plausíveis sobre sua vida, coisas que não poderiam simplesmente sair de uma mente criminosa. As informações pareciam fragmentos da vida de uma pessoa real, com uma rotina real e problemas reais. Nenhum bandido teria imaginação – nem disposição – para criar algo desse tipo.<br />Ele era uma pessoa de verdade que, pelo visto, havia contado uma mentira. Não havia ninguém do lado de fora da igreja com as características físicas que ele lhe dera. Alto, magro, ligeiramente musculoso, pele morena. Minha cor preferida é azul, então me espere ver vestido com uma camisa azul, ele dissera. Ninguém se encaixava na descrição. Ela passara a missa toda pensando nesse momento, não com uma ansiedade descontrolada, mas com ligeiro interesse e curiosidade. Agora, onde estava ele?<br />Havia muitas senhoras idosas e outras a caminho da terceira idade conversando, crianças alvoroçadas correndo de um lado para o outro e uma gente andando apressada para algum lugar ao lado da entrada principal da igreja. Bom, na opinião dela pareciam apressadas. Um grupo de cinco ou seis jovens, talvez sete porque ela estava com preguiça de contar, estava conversando mais à esquerda. Alguns deles carregavam bíblias debaixo do braço. De vez em quando uma risada mais alta irrompia de um dos rapazes. Nenhum deles se enquadrava na descrição do seu amigo virtual e, a despeito de um ou dois olhares, nenhum parecia ter interesse especial por ela.<br />Começou a se impacientar. Onde estava aquele tratante? Sua mãe e seu pai conversavam com alguns conhecidos, mas logo iriam embora. E quando se encaminhassem pro carro, ela não poderia simplesmente pará-los e pedir para esperar alguém que conhecia da Internet. Achariam que ela estava doida. Ou falariam para marcar encontro em outro dia. Isso se fossem os pais da sua imaginação, porque ela nunca pediria algo desse tipo num mundo real. A cara com que seu pai a olharia faria com que tivesse vontade de fugir para o carro e ficar lá por uma semana. Seu plano era se aproximar do seu amigo virtual e começar a conversar normalmente como se fossem velhos conhecidos. Seus pais pensariam que ele era mesmo um velho conhecido. Todo mundo ficaria feliz assim.<br />Espiou as horas no relógio vermelho que estava em seu pulso esquerdo. Cinco minutos haviam se passado desde que olhara pela última vez. Os grupos começavam a se dissipar, com seus componentes, um a um, indo embora. Nem os jovens que conversavam animadamente continuavam por ali. Haviam ido lanchar em alguma lanchonete nas redondezas, pelo que ela pudera entender. Talvez lá encontrassem um rapaz alto, magro, de camisa azul, rindo a valer por ter deixado uma idiota aguardando-o na saída da igreja. Ele estaria se empanturrando com um hambúrguer bem gorduroso e bebendo um refrigerante cheio de gás. Sim, essa era a dieta dos mentirosos.<br />Tudo bem, tudo bem. Se ele a queria fazer de boba criando uma falsa expectativa, ela não mais daria bola para ele no bate-papo. Simples, rápido e fácil, como diziam em algum comercial. Seus pais terminaram a conversa e se despediram dos conhecidos. A essa altura, eles eram os únicos à frente da igreja. Ela tomou a frente quando começaram a andar para o carro. Estava um tanto contrariada, mas também tranqüila. Ele não poderia alegar que ela não havia esperado tempo suficiente e também que ela tivera pouco interesse em se conhecerem. Seria mentira e ela teria como rebater. Entrou no banco detrás do carro e afundou no macio assento. Partiram logo depois.<br />Dez minutos depois que o carro já havia ido embora, uma bicicleta ofegante apareceu. Trazia um rapaz magro, alto, de camisa azul que estava maldizendo todos os parentes folgados da face da terra. <span style="font-style: italic;">Maldita tia Joana! Por que tinha que aparecer lá em casa logo hoje para pedir ajuda?! </span><br /></div>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-43476068554225438212010-02-04T05:15:00.000-08:002010-02-04T05:20:08.464-08:00Voo (sem acento, segundo a nova regra, hehe)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGKTjJFcXzVO14c9W7ITQPTOhfZQAZu8wZg4cLn7yxpxpoA0kISb2ZOCDFoZ4GEad8fKVVsZnf_y-g29QCf3naQiXHOh7xYTS_K2thDvcQWFksclwC0irJ-c8KfB_4-8Mycaix6or-JZk/s1600-h/voo.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGKTjJFcXzVO14c9W7ITQPTOhfZQAZu8wZg4cLn7yxpxpoA0kISb2ZOCDFoZ4GEad8fKVVsZnf_y-g29QCf3naQiXHOh7xYTS_K2thDvcQWFksclwC0irJ-c8KfB_4-8Mycaix6or-JZk/s320/voo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5434376714378861314" border="0" /></a><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CBruno%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A mente da criança é curiosamente inversa ao corpo das aves. A ave precisa atingir certo nível de crescimento e desenvolvimento para poder voar, ela precisa ser adulta. A criança já nasce com as asas da imaginação e da criatividade bem desenvolvidas, prontas para voos maravilhosos, viagens divertidas, prontas para a liberdade do que é imaginar. O céu por onde a imaginação voa é amplo, infinito, mais azul que o céu mais bonito que já houve. À medida que cresce, as asas vão parando de bater com tanta intensidade, os voos são poucos e duram menos. O céu já não é tão azul. E chega uma hora em que as asas já não ousam voar para muito longe, para territórios inexplorados, para domínios novos. Chega uma hora em que as asas ficam atrofiadas. É triste.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A imaginação pode, mas não ousa. Voar para longe não é mais possível, não há mais tempo pra isso. Guardam a imaginação numa gaveta mental e só abrem a bendita gaveta para dar uma espiadinha. A imaginação se torna um móvel já gasto, mas em perfeito estado de uso e aproveitamento que se guarda na despensa. “Uso você depois, tá?”. Na verdade, a imaginação é um brinquedo. Muito valioso quando se é criança e mal aproveitado quando se é adulto. É aquele brinquedo que a gente guarda porque não pode jogar fora. A imaginação também é uma casa enorme, gigantesca, cheia de cômodos, com mais cômodos do que você pode contar. A criatividade é a chave que você usa para abrir a porta e adentrar esses cômodos. Há cômodos que levam a outros cômodos e esses outros cômodos revelam milhares de outros. Sem criatividade, esses cômodos infelizmente vão ficar sempre fechados e você não terá acesso a lugar nenhum. Mas basta criatividade, basta deixar fluir.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Seria legal se fosse assim: há um cara que o convida para entrar e você encontra um local todo vazio. O cara sorri pra você, um sorriso bondoso e sábio, o sorriso de quem conhece todos os segredos do universo e acha todos bem simples, e diz: “Aqui é você quem manda, use a imaginação. Ela é o carro-chefe, o passaporte pra felicidade, é a peça que faz todas as engrenagens funcionarem. Ah, chega de metáforas. É você quem tem que viajar, não eu”. Esse local vazio, esse galpão imenso, se chama ficção. Ela não é nada se você não souber dar voos altos.</p>
<br />
<br />Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-5024815635090386252010-01-30T03:59:00.000-08:002010-01-30T04:13:55.966-08:00Sobre música e escrita<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLfpyjJX_zk69G9phJfuQLXZBYIm2mYOpgKjH00VhcTPMpyWRnr1WXeZG0G3fIh0j4t_VmUXi6MPSLJ84cuQ4SFgFjZbBT_p29DQ9jfdGmEeJLPMX8DU5xg8RTfNzUYyFMm0iVKtjuvoQ/s1600-h/violao.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 256px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLfpyjJX_zk69G9phJfuQLXZBYIm2mYOpgKjH00VhcTPMpyWRnr1WXeZG0G3fIh0j4t_VmUXi6MPSLJ84cuQ4SFgFjZbBT_p29DQ9jfdGmEeJLPMX8DU5xg8RTfNzUYyFMm0iVKtjuvoQ/s320/violao.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5432504940703163586" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify;">A mão tem que se mexer no violão todo dia, e no papel também. Lá ela dedilha as cordas, aqui ela dedilha as palavras. Lá, a busca é pelo aprendizado dos acordes que compõem as músicas, aqui a busca é pelas frases que compõem um texto e transmitem a mensagem correta. Lá o som tem que ser agradável, aqui o som também está envolvido. As palavras têm que se juntar de tal forma que ao serem lidas soem com harmonia e facilidade. Elas têm que deslizar suavemente da boca do falante para o ouvido de quem estiver por perto, como uma música bem executada. As palavras têm que provocar sensações através da sua organização, do seu sentido, da sua colocação. Têm que trazer à tona imagens, lembranças, texturas, lugares...</div>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-23653090154482800202010-01-27T17:38:00.000-08:002010-01-27T17:47:18.753-08:00A onda otimista<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0VjGcT-B43B25x0aT0jvYd01rYEflbELL1Gkw6kN4ozrcFVa9GBFW5HlL9iiClUbJz2ym74Pke4JPD0kidUSIjVXXkAAufF3sv7UMVN1Za5ddUl4oAc9Zn5DuUw_JUiLKyA11inuWEx0/s1600-h/amanhecer.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0VjGcT-B43B25x0aT0jvYd01rYEflbELL1Gkw6kN4ozrcFVa9GBFW5HlL9iiClUbJz2ym74Pke4JPD0kidUSIjVXXkAAufF3sv7UMVN1Za5ddUl4oAc9Zn5DuUw_JUiLKyA11inuWEx0/s320/amanhecer.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431599489109143794" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify;">Prosseguindo com a onda otimista que tomou conta do blog por causa do seu ressurgimento, dedico a vocês o texto a seguir, leve, despreocupado e esperançoso. Boa leitura!<br /></div><br /><div style="text-align: center;">Uma luz desponta,<br />delineando uma nuvem fofa e macia<br />Outra luz desponta<br />revelando as cores de um novo dia<br />O azul toma conta<br />de onde antes só escuridão havia<br /><br />O sol se espalha pelo mundo<br />Com a clara intenção de iluminar<br />Se o sono for profundo,<br />é difícil não se revoltar<br />Dormir por mais um segundo<br />vai ser algo impossível de se realizar<br /><br />Lá fora, há muita felicidade<br />Pois os pássaros cantam alegremente<br />Oh, dourada luminosidade,<br />que agora se faz presente,<br />deixe-nos cheio de vitalidade<br />para enfrentar os problemas que vêm pela frente<br /><br />Olhamos para o alto<br />Para contemplar a imensidão<br />De repente, vemos um sorriso<br />Numa nuvem de algodão<br />Isso será um aviso<br />ou uma simples ilusão?<br /></div>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-84574094939164295832010-01-26T11:51:00.000-08:002010-01-26T12:11:10.647-08:00Retornando do limbo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjMK8kFCHqqHmTHuMn6cwZmDlq3hW3gkn8jt4KTjFQCsNwRCknZgQkSq7O3AoV_Zp6jnNYpIW9ICGSyR94bKdS0v17rsqyyHERD479ReMci_wlAuI91WdWLofKTcmAVrf85PwzFy90jrU/s1600-h/lips.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 250px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjMK8kFCHqqHmTHuMn6cwZmDlq3hW3gkn8jt4KTjFQCsNwRCknZgQkSq7O3AoV_Zp6jnNYpIW9ICGSyR94bKdS0v17rsqyyHERD479ReMci_wlAuI91WdWLofKTcmAVrf85PwzFy90jrU/s320/lips.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431140415048000066" border="0" /></a>
<br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">"Retornando do limbo" é a única maneira de definir a volta desse blog que eu negligenciei a maior parte do ano passado e que, confesso, pretendia deixar abandonado. Mas como eu ouvi naqueles que eu com certeza lembrarei como os melhores cinco dias de 2010, não importa quantas vezes você errou no passado, o importante é como você quer fazer daqui pra frente. </span>
<br /><span style="font-family: georgia;">Todo dia, a todo momento, é possível haver uma renovação, um recomeço. E como eu tô de alma leve, eu quero recomeçar e tentar fazer direito. E que tal recomeçar com uma poesia sobre um dos desejos mais fortes que existem: o de um homem por uma mulher.</span>
<br /><span style="font-family: georgia;">Amigos do Acampamento Juvenil, se por acaso passarem aqui, saibam que eu amo muito todos vocês, não importa a tribo. </span>
<br /><span style="font-family: georgia;">Feliz 2010!</span>
<br /></div>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CAlex%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">Quantas doçuras esse amor menino,</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">que com olhos abertos só sonhava,</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">que nas longas esperas se cansava,</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">recolheu no teu quente lábio fino!</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">Essa boca é caminho pro divino,</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">é o fabuloso prêmio que eu buscava,</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">é a luz que varreu tudo que angustiava,</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">Não a querer outra vez? Que desatino!</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">Entristece saber que hoje é franzino</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">o ardor que só beijo meu saciava.</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">Odiava pensar no tal destino</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">quando esta solidão batia e ficava,</p><div style="text-align: center; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">mas como cargas d’água eu te defino</p> <p style="text-align: center; font-family: georgia;" class="MsoNormal">e ignoro a mão que nos aproximava?</p>
<br />
<br />Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-90589123147941776062009-05-10T10:37:00.000-07:002009-05-10T10:38:15.933-07:00Os sonhos<p>Os sonhos podem despencar como folhas no outono,</p> <p>podem se desintegrar como nuvens,</p><p>podem desaparecer como miragem,</p> <p>podem desmoronar como construções frágeis</p> <p> </p> <p>Podem se rasgar como papel,</p> <p>podem se romper como fios,</p> <p>podem se despedaçar como vidro,</p> <p>podem explodir como bombas</p> <p> </p> <p>Podem esfriar como o inverno,</p> <p>podem evaporar como água,</p> <p>podem passar como as horas,</p> <p>podem terminar como a vida,</p> <p>podem apodrecer como corpo morto</p> <p> </p> <p>Podem afundar como objetos pesados,</p> <p>podem murchar como bolas furadas,</p> <p>podem amarelar como jornal velho,</p> <p>podem se rasgar como rabiscos de lápis</p> <p> </p> <p>Podem cambalear como bêbados,</p> <p>podem se fechar como portas,</p> <p>podem ir embora como visitas expulsas,</p> <p>podem enfraquecer como pilhas em funcionamento</p> <p>podem se apagar como a luz</p> <p>podem fugir como animais medrosos</p> <p>podem ser menosprezados como idiotices</p> <p> </p> <p>Mas podem se realizar como milagres</p>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-15650693607387870502009-05-10T10:15:00.001-07:002009-05-10T10:32:25.979-07:00A paixão<div style="text-align: justify;">De todos os sentimentos, a paixão é o mais ingrato. Quando você está com ela, sente que é capaz de tudo pela pessoa amada, qualquer loucura, qualquer maluquice, qualquer atitude é válida para estar perto dela e/ou fazê-la feliz. Você simplesmente não pensa com lógica, com discernimento; parece que há uma espécie de eclipse mental onde a paixão encobre tudo o que se relaciona com raciocínio lógico e coerente. É terrível. A pessoa não consegue pensar, nem se concentrar em outra coisa. É como se colocassem aquele negócio que botam nos lados dos olhos dos cavalos das carroças para eles não se distraírem e só olharem pra frente. No caso da paixão, o lance é só olhar para a pessoa desejada. Nada merece mais atenção do que ela.<br />E quando o sentimento não é correspondido? Meu Deus, é aquela angústia, aquele sofrimento, aquela tristeza. Você deixa de comer e de ter uma vida normal. Vive envolvido pela tristeza como se ela fosse uma grande mão a te apertar. Anda cabisbaixo, distraído, os olhos fixos, o olhar distante. Dor de paixão (ou amor, se preferir) é algo que doi pra valer. Doi muito e, como cantam as músicas por aí, o negócio acontece no peito, no coração. Cria-se um vazio de angústia, essa é a palavra, angústia, a vontade é gritar, gritar com a voz, gritar com a mente, exigindo que a dor pare imediatamente, senão a gente vai enlouquecer...<br /><br /><br />Não se preocupem, amigos. Não estou sofrendo com as terríveis dores da paixão, nem levando foras decepcionantes - pelo menos, não além do normal; só queria voltar com algum textinho interessante. Hehe.<br /></div>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-2159029167068508552009-03-18T13:26:00.000-07:002009-03-18T13:30:56.110-07:00Pensamentos que atravessam a cabeça<div style="text-align: justify;">Desculpas sinceras, pessoal, por demorar uma eternidade para postar alguma coisa. Estive negligenciando o blog por conta de outras coisas, mas vou tentar fazer uma conciliação. Bom, só coloco isso na hipótese de que haja alguém acompanhando religiosamente o blog, o que duvido muito.<br />Mas vamos ao que interessa?<br />Pois bem, eis abaixo algo que não é bem um pensamento, mas vem me acompanhando há algum tempo:<br /><br />"Tudo com você fica mais legal, até as coisas mais simples.<br />Você sempre alegra meus dias e eu te amo muito."<br /><br />...<br /><br />Logo mais, coloco alguma coisa mais extensa.</div>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-55940169650341819172009-01-27T14:02:00.000-08:002009-01-27T14:57:36.862-08:00O dom da imaginação<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CAlex%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Você já chegou a pensar que temos imaginação, que nossa mente humana é capaz de criar seu próprio universo interno, para que possamos aliviar nosso sofrimento? Quem sabe em algum ponto da evolução a natureza viu que seria dureza para os seres humanos carregar seus sentimentos e não poder fugir deles em algum momento. A sábia mãe natureza arquitetou uma maneira de nós podermos ficar longe de sentimentos para que eles não acabassem com a nossa sanidade. Seria uma maneira de balancear as coisas, de não deixar um lado pesar mais que o outro. Surge então o equilíbrio, não o equilíbrio perfeito, mas um equilíbrio bem intencionado. Temos que dar o braço a torcer para a mãe-natureza. Quando adentramos o campo minado das emoções, há um lugarzinho onde podemos nos abrigar de forma segura e confortável. Deite-se aí e tenha um bom sono.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Acho que a natureza previu também que alguns espécimes de ser humano não seriam fortes o bastante para lidar com o mundo do jeito que ele é. Alguns seriam mais sensíveis às verdades desagradáveis que proliferam pelo mundo e precisariam de um escudo, um anteparo, para não pegar uma avalanche delas todas de uma vez. E voilá! Eis que a imaginação e o devaneio surgem em cena para ajudar os pobres-diabos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por que os animais não têm imaginação? Porque não precisam lidar com as estranhezas do mundo, não precisam refletir sobre elas, não são afetados por elas. Pra que se refugiar em algum lugar se você não tem do que fugir? Eles são guiados pelo instinto e o instinto torna tudo relativamente mais fácil. E se o ser humano agisse assim? Então, nada seria tão complicado. Bastou adquirir a incrível capacidade de pensar para tudo se tornar complicado. Há um sentido em tudo isso? Há um sentido em tudo o que acontece no mundo? Aonde tudo isso nos leva? Se não há sentido, então, ah, meu Deus, milhões, talvez bilhões de pessoas, vão se entristecer. Pois bastou adquirir a incrível capacidade de pensar para ficar deprimido quando nada parece ter razão de ser.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;">...</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Texto doidão, né? Mais reflexivo impossível. Mas não se preocupem, pessoas, eu não vou me matar, hehe. Até a vista.
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-68675734820351527222009-01-21T04:31:00.000-08:002009-01-31T08:34:40.266-08:00Uma certa solidãoVocê já se sentiu sozinho?<br />Não sozinho de não ter ninguém em casa além de você<br />Não sozinho de olhar para os lados e ver que seus amigos já se foram<br />Não sozinho de defender uma causa sem o apoio das outras pessoas<br />A solidão de que eu falo pode atingi-lo quando você estiver num estádio de futebol<br />cercado de gente<br />Pode abraçá-lo quando se encontrar numa platéia cheia de espectadores<br />Pode acompanhá-lo quando você andar no meio de uma multidão<br />A solidão a que me refiro é causada pela ausência de uma única pessoa,<br />a pessoa que você mais gostaria de ter ao seu lado,<br />dona do sorriso que você daria tudo para ver e apreciar<br />A presença dela ofusca todas as outras,<br />a sua voz é a melhor música jamais tocada,<br />o seu cheiro torna o mundo um lugar agradável<br />Sem ela, onde está a graça de sorrir?<br />Onde está a razão para parecer alegre?<br />Sem ela, o riso dos outros parece sem sentido,<br />e a felicidade vira algo difícil de se alcançar<br />Com ela, o sorriso aflora a cada instante,<br />as cores do mundo se reavivam<br />e os problemas fazem de conta que nem existem<br />Outras coisas misteriosas e inexplicáveis acontecem<br />quando ela está por perto,<br />todas elas se juntando e combinando<br />para criar uma notável sensação de prazer<br />Então, falando sério cá entre nós:<br />por causa de uma pessoa dessas,<br />você já se sentiu sozinho?Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-44636006320331728202009-01-21T04:04:00.000-08:002009-01-21T04:29:10.456-08:00Distrações<div style="text-align: justify;">Um homem entrou numa papelaria para comprar algo de que estava precisando. Como o lugar estava cheio, foi difícil para ele arranjar um espaço no balcão. Uma vez tendo conseguido, demorou uns dois minutos para que uma bonita funcionária, exibindo um sorriso simpático, viesse atendê-lo, dizendo:<br />- Sim, o que deseja?<br />O homem ficou tão deslumbrado com a moça que esqueceu de falar. Manteve-se quieto, admirando a perfeita pele morena dela, o rosto bem feito e o longo cabelo suavemente ondulado. Ainda havia a boca sorrindo, o nariz elegante e os olhos castanho-claros, que, juntos, formavam um todo muito atraente. Pareceu difícil ao homem concentrar-se em outra coisa que não fosse a beleza daquele rosto.<br />- Sim, o que deseja? - insistiu a funcionária diante da falta de resposta.<br />- Eu quero um... - subitamente ele esqueceu o que queria. Tentou lembrar, mas foi inútil - ...um...um...<br />- Um...?<br />- Um...é... - forçou a memória, esfregando os dedos na testa. Começava a se sentir um idiota por se encontrar numa situação daquelas. Havia ficado encantado com a beleza da moça a ponto de esquecer do que precisava. O pior de tudo era que não surgia nem uma vaga lembrança do que viera comprar. - Eu quero um...um...<br />- Lápis? - sugeriu ela, tentando ajudar.<br />- Não, não é isso - disse ele, pensando que um lápis só serviria para escrever uma poesia exaltando a beleza dela.<br />- Então, o senhor quer um caderno?<br />- Não...também não é isso - respondeu ele, pensando que um caderno só lhe seria útil para ter onde escrever a poesia.<br />- Que tal um... - ela olhou em volta - estojo?<br />- Não, ainda não é isso.<br />- Um apontador?<br />- Não...<br />- Um envelope de carta?<br />- Não...<br />- Um pincel?<br />- Não...<br />- Um vidro de cola?<br />- Não...<br />- Um cartão de aniversário?<br />- Não...<br />A moça já começava a ficar impaciente. O homem, por sua vez, apesar de estar fazendo papel de bobo, até que estava gostando daquilo; quanto mais tempo demorasse para se lembrar, mais tempo ficava contemplando o bonito rosto dela. Quando já se preparava para ouvir outra sugestão, viu que a moça mudou de idéia. Em vez de dirigir-se a ele, chamou outra funcionária e pediu para esta ajudá-lo, enquanto ela própria ia atender outras pessoas que chegavam. Foi uma decepção para o homem vê-la se afastando.<br />- O que quê o senhor deseja?<br />Essa outra funcionária era quase o inverso da anterior. No que a outra tinha de bonito, ela tinha de feio. Seu rosto era estranho, seu nariz era torto e sua boca parecia uma boca de palhaço, tamanha a quantidade de batom vermelho nos lábios e até em volta deles. Difícil imaginar como a papelaria havia contratado aquela mulher, que no momento piscava um tanto lisonjeada, ao se perceber examinada pelo homem. Ele, um tanto aborrecido por ter sido deixado pela bonita, afastou-se ligeiramente do balcão.<br />- Uma espada - disse, pensando em São Jorge.<br />- Como?!<br />- Ah, eu quis dizer grampeador.<br /></div>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-62060159203043087432009-01-16T06:49:00.000-08:002009-01-16T06:50:57.685-08:00Frase do dia (que coisa mais Ana Maria Braga, né...)É incrível como um erro se sobrepõe a vários acertos.Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-69122139360451774322009-01-13T11:01:00.000-08:002009-01-13T12:15:30.079-08:00O primeiro do ano a gente nunca esquece<div style="text-align: justify;">E aí, pessoal, beleza? Primeira postagem de 2009 com treze dias de atraso. Antes tarde do que nunca. Desculpe por deixá-los na mão (isso se realmente houver alguém acompanhando o blog), mas não se preocupem porque estarei mais presente. Vamos ser sociáveis e perguntar: como foi a virada de ano? Tudo tranquilo? Esperando coisas boas de 2009? Pois é, eu também, apesar de que muitas coisas boas ficaram em 2008 e eu não soube aproveitar. Mas não chorem por mim. Leiam esse texto que está aí embaixo e sorriam. Uma boa notícia: esse tem fim.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">...<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Paulo explicou como torcera o pulso da mão esquerda no banheiro: a toalha de banho estava no chão; acidentalmente, ele enroscara os pés nela, se desequilibrara e ao cair apoiara a mão de mau jeito na borda da privada. Todos duvidaram dele.<br />Seu irmão mais velho:<br />- Que conversa pra boi dormir! Por que você não fala logo que mandou ver com muita força?<br />Seu pai:<br />- Não sabia que a gíria hoje em dia era essa.<br />O médico que examinou o pulso:<br />- Ah, claro. Mas cá entre nós, vai devagar na próxima, rapaz! Lembre-se que você tem outra mão.<br />Seu melhor amigo:<br />- É triste ver quando as pessoas tentam omitir a violência dos seus atos.<br />O professor de educação física:<br />- Desculpa esfarrapada. É nisso que dá praticar certos esportes individuais.<br />E Paulo ainda teve que ouvir coisas do tipo:<br />- O negócio aí foi intenso, hein?<br />- Olha o que acontece quando a pessoa põe muita força na vontade?<br />- Aí está o cara que não descansa na hora de soltar pipa.<br />Logo procuraram arranjar-lhe um apelido. Ficaram entre "o feroz" e "o selvagem", mas no final das contas preferiram chamá-lo pelas duas coisas. Suas amigas passaram a olhá-lo de um jeito estranho, curioso. Até sua mãe começou a olhá-lo assim e ele sentiu que às vezes ela ficava vigiando-o.<br />Uma tremenda indignação tomava conta dele. Por que as pessoas eram tão maliciosas? Será que as coisas melhorariam se ele explicasse que, antes de mais nada, a toalha caíra no chão porque ele sentira o que pensara que fosse uma aranha passeando pelo seu corpo? Não. Era melhor ficar quieto quanto a isso. Se ele incluísse "aranha" na história, só Deus sabia onde aquilo tudo ia parar.</div>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-32433258355324437972008-12-27T18:57:00.000-08:002008-12-27T19:16:27.304-08:00Complicações no mar<div style="text-align: justify;">Tenho uma má notícia antes de você começar a ler esse texto: ele não tem final. Sabe como é, fui escrevendo à toa e não tive nenhuma idéia de como finalizá-lo. Então, você tem duas opções: ou completa ele com sua imaginação ou simplesmente xinga o autor quando terminar de ler.
<br /></div><div style="text-align: center;">...
<br />
<br /></div><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CAlex%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><o:smarttagtype namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" name="PersonName"></o:smarttagtype><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: georgia;">Ele pulou da escuna para a água azul do mar. Flutuou no ar por alguns instantes para depois atingi-la. Surpreendeu-se. Ao cair, afundou alguns metros na água e não sentiu chão, como esperava. Aquele trecho era profundo. Estranho, considerando que a praia parecia logo ali. Ouviu outros barulhos na água quando algumas pessoas saltaram da escuna também. Alguns pareciam tranqüilos com o fato de que não houvesse chão para pisar. Só descobrir isso fizera sua cabeça se encher de pensamentos nada animadores, até um pouco apavorantes. Sua mente produzia possibilidades um tanto mórbidas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: georgia;">Mas ele não ia ficar ali parado na água, simplesmente pensando que o chão estava muito além do seu alcance. Queria chegar à praia. Talvez sentir um pouco de firmeza sob os pés o deixasse mais à vontade. Contudo, para se certificar de vez, tentou firmar as pernas em alguma coisa ali no meio do mar. Sentiu a parte inferior do corpo ser tragada para uma profundeza estranha e assustadora. Sua cabeça afundou e um pouco de água entrou-lhe pela boca. Quando a cabeça emergiu pelo empuxo, teve que tossir um pouco. Droga, tinha que nadar até a praia. Na verdade, precisava, para se sentir seguro. Daquele lugar onde estava, o casco da escuna parecia ter muito metros de altura. Ele não conseguia ver por onde subir e voltar. Tinha que ir para a praia porque estava começando a se desesperar e isso não era bom naquelas condições. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: georgia;">Posicionou o corpo e começou a dar braçadas na direção da areia. Nadava ora de olho aberto, ora de olho fechado. Sentia que estava se aproximando. Sim, para o solo firme; sim, para a segurança. Afastou da mente a pergunta que começava a se formar, pois ela trazia problemas e por enquanto, era bom resolver uma coisa de cada vez. Quando sentiu que o fôlego lhe faltava, interrompeu as braçadas e endireitou o corpo. Respirava pesadamente, com dificuldade. Mas isso não importava porque a areia estava bem ali a sua frente.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: georgia;">Procurou o chão com os pés. Surpreendeu-se. Ali ainda era fundo. Engoliu mais água que da última vez. Pôde senti-la entrando pela boca, queimando-lhe a garganta...Meu Deus, morreria afogado, era água demais...Quando a cabeça voltou ao ar livre, tossiu violentamente, sentindo impotência e um gosto ruim na boca. Maldita água...obrigou-se a nadar mais um pouco. Que merda, nadaria até estar dando braçadas na areia molhada. Pôde sentir, enfim, o chão tocando seus pés. O alívio envolveu-o como uma onda. Foi andando até a praia devagar, as pernas fracas, o corpo inclinado para a frente, tossindo. A julgar pelas vozes que ouvia, muitos dos seus amigos já estavam <st1:personname productid="em terra. Caminhou" st="on">em terra. Caminhou</st1:personname> mais um pouco e deixou-se cair sentado na areia, as pernas esticadas em forma de V, voltadas para o mar. Parecia que havia acabado de lutar contra um gigante. Inclinou a cabeça para trás. O céu lá no alto parecia infinitamente grande, infinitamente extenso, infinitamente azul. Depois olhou para o mar.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: georgia;">A bendita escuna parecia estar muito perto, mas na verdade se encontrava a só Deus sabia quantas braçadas de distância. Teria que voltar nadando, teria que voltar nadando, meu Deus! A simples idéia o deixava fraco. Alguém bateu em seu ombro. Um amigo lhe disse que o pessoal ia pegar uma trilha no meio do mato para tentar chegar num ponto mais elevado do morro. Era o único morro da pequena ilha, ao que parecia, e a escuna havia passado por dezenas de ilhas iguais a essa, todas com uma estreita faixa de praia ao pé de morros cheios de árvores. Estaria ele a fim de acompanhar a turma? Sim, ele iria, mas pediu ao amigo para ir na frente. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center; font-family: georgia;" align="center">...</p>
<br />Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-81622382716154697832008-12-25T15:17:00.000-08:002008-12-25T15:20:25.651-08:00Uma noite turbulenta<div style="text-align: justify;">Quando você põe a cabeça no travesseiro, depois de um dia em que seus sentimentos estiveram confusos, o que há para pensar? Você pensa naquela situação que não queria presenciar, mas presenciou? Você pensa naquilo que queria ter feito e não fez? Você pensa na pessoa com quem queria conversar e de quem queria estar perto? O dia desfila diante dos seus olhos enquanto você contempla a escuridão do teto. No silêncio da noite, há risadas, há sorrisos que você gostaria de ter provocado. Imagens passam à sua frente, imagens bonitas mas ao mesmo tempo cruéis, imagens felizes mas ao mesmo tempo dolorosas.<br />Há como transformar o futuro? Há como deixá-lo mais favorável? As perguntas parecem infinitas noite adentro. Elas o impedem de dormir, impedem-no de fechar os olhos e ficar tranqüilo. Não há conforto nelas; elas incomodam e muito.<br />Quantas imagens nesse dia! Imagens que se somam a imagens anteriores, a sons anteriores, e não formam coisas boas. Há um vazio aí dentro que parece difícil de preencher.</div>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-6145426991289326792008-12-04T03:40:00.000-08:002008-12-04T04:00:41.268-08:00Apresentação<div style="text-align: justify;">Oi, tudo bom?<br />Eu não sei se alguém vai ler isso, mas como sou uma pessoa otimista - pelo menos, estou tentando ser - aí vai uma breve apresentação de mim mesmo. Sim, eu sei que vai ser chato ler e que você, sujeito impaciente, vai pular essa parte ou ir para outro site da internet. Paciência...<br />Pois bem, sou Alex, tenho vinte anos e um sonho - uau, que bonito, daqui a pouco o povo vai chorar! Mas é sério, meu sonho, meu grande desejo de alguns anos pra cá, é me tornar um escritor. Tarefa ingrata no Brasil, não é? Pois é, mas eu acredito que dá pra realizar qualquer coisa, quando se põe esforço e dedicação. Papo clichê, não é? Tô parecendo a Xuxa falando pras criancinhas acreditarem nos seus sonhos, a Xuxa que acha - ou deve achar - que o mundo é um conto de fadas e que as menininhas vão encontrar seu principe encantado. Tenho uma visão muito realista do mundo. Como diria um livro que eu li: Esse é um mundo velho e cruel. Eu quero ser escritor, quero um dia poder viver só de literatura, já que literatura é a minha paixão, já que as palavras são as melhores companheiras que se pode ter. Contudo, eu posso nunca conseguir isso; talvez ninguém nunca me dê valor como escritor; posso estar empolgado hoje e desanimar amanhã e nunca mais voltar a escrever e passar o resto da minha vida sendo, sei lá, professor de português - a profissão surgiu por acaso na minha cabeça.<br />O que nos define não são nossas habilidades, mas sim nossas escolhas (foi o Dumbledore do Harry Potter quem disse isso). Com essa frase eu quero dizer que a minha escolha é persistir no desejo de ser escritor, mesmo que não obtenha sucesso nenhum. E é por isso que decidi criar um blog, para movimentar a mão, trabalhar as palavras, brincar com elas, não deixar o desejo morrer. Então, devo escrever nesse espaço reflexões, pequenas histórias de ficção, idéias malucas e por aí vai. Quem sabe um dia alguma editora não se interessa pelo meu talento - isso se eu tiver algum.<br />Eu queria encontrar outros aspirantes a escritores também, então se você for um e acidentalmente entrar nesse blog, deixe seu recado para que assim possamos trocar informações sobre estilos, idéias, personagens, etc. O negócio é movimentar as coisas. Pô, vamos mostrar que também há aspirantes a escritores nesse país que só dá valor a jogadores de futebol e programas de TV imbecis.<br />Até a vista, então.<br /></div>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4918124341072946249.post-59337990580439994022008-12-01T08:19:00.000-08:002008-12-01T08:21:36.526-08:00A cidade e os velhos<div id=":1jm" class="ArwC7c ckChnd"> <p style="text-align: justify;">Não sei se é um bom texto pra começar, mas depois eu falo mais de mim.<br /></p><p style="text-align: justify;">Beleza?<br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Ele reparava agora, a cidade havia mudado. Prédios haviam caído, prédios haviam sido levantados, prédios envelheceram. De alguma forma, os prédios eram como as pessoas; quanto mais idosos, mais frágeis ficavam. As paredes descascavam, perdiam a cor, a estrutura ficava fraca, o interior se deteriorava...E por falar em idosos, e aqueles senhores sentados nos bancos do centro da cidade? Haviam envelhecido junto com ela, acompanharam suas mudanças. Devem ter visto muita coisa em suas vidas.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Olhava para esses idosos, que levantavam com os lábios toda uma vida ao sorrir.. Cabelos brancos; rostos enrugados, postura encurvada. São curiosas essas pessoas e era difícil não ser acometido por uma série de perguntas ao olhar para elas: Ao que eles se prendem? À vida atual ou à vida de antigamente? Qual será seu processo de pensamento? Como os pensamentos se formulam dentro de suas cabeças? Teriam eles dificuldades em se adaptar aos novos tempos? Estariam eles a anos-luz de compreender o mundo atual? Estaria a mente deles formulando pensamentos de outrora? </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Apertem F5 para atualizar suas mentes, senhores!</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">As perguntas eram tantas que, na tentativa de olhar esse mundo estranho através dos olhos deles, ele se deu conta de que o mundo também estava ficando estranho para ele. Ele também vivia falando coisas do tipo "No meu tempo...".</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Por alguma razão, nossa mente fixa residência num determinado momento da história e todas as mudanças que ocorrem dali em diante parecem transformar nosso lar doce lar. Lembramos que o mundo era de um jeito e agora está diferente. Nos agarramos à idéia de que certa época nos pertenceu, de que entendíamos tudo, de que tudo era familiar e não havia coisas estranhas.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span> </span>Por que não fixar residência no mundo atual e abandonar o lar de outrora? Ou melhor, que tal não se estabelecer em lugar algum e pensar no mundo de uma maneira cigana, nômade? Que tal ser apenas um viajante nas transformações do mundo, sem estabelecer um ponto a partir do qual as coisas mudaram? Se nos desgarrarmos desse ponto, será muito mais fácil aceitar e conviver com as mudanças. Não teremos nenhum referencial, não nos preocuparemos com o que restou e nem com o que foi embora, pois todas as épocas serão nossas. Tudo nelas seria familiar. Não haveria comparação, porque vários seriam os nossos lares e nos concentraríamos em deixá-los agradáveis, não em reclamar. Sem amarras, sem grilhões, sem algemas. Fazer com que os vários momentos da história se tornem nosso lar.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Ele olhou para os idosos sob a luz daquele novo pensamento. Esse tempo atual era tão deles quanto seu. Essa cidade, esse mundo... Sorriu e uma idéia maluca surgiu na sua cabeça. A de ir até eles e dizer que todos, inclusive ele, haviam acabado de mudar de lar.</p> </div>Adosanuhttp://www.blogger.com/profile/05958250270250792954noreply@blogger.com0